quinta-feira, 12 de novembro de 2015


Ler Sempre...nem que sejam os rótulos dos detergentes.
 
 
 
Na minha infância sempre me foi incutido o gosto pela leitura, sempre tive à disposição vários livros e lembro-me que já maior durante as férias grandes guardava dinheiro para ir à feira do livro na cidade onde passavamos férias para comprar, e ia aos alfarrabistas para que o dinheiro rendesse ainda mais livros. Quando casei a saga dos livros continuou e de tal modo, que um dos motivos para não guardar o carro na garagem , é porque a transformei na minha biblioteca, onde guardo todos os livros, agora também o dos meus filhos, e já são alguns.
 
Quando fui mãe tive sempre como permissa passar esse gosto imenso pela leitura e pelos livros. Cada um dos meus filhos, com 10 e 3 anos, têm já uma colecção considerável e desde muito cedo o meu filho mais velho pediu para aprender a ler e assim foi, quando ingressou na escola lia com fluidez tal, que a professora pedia sempre que o fizesse pela entoação que dava aos textos. Agora volto  a passar pelo mesmo processo com o mais novo. Leio-lhe uma história todos os dias à noite, mas isso já não lhe chega e um dia dissse: -Mamã ensina-me a ler! - desejo que já repetiu na escola à Titisu.
Já foi encomendado o livro que julgo ser o mais adequado e por isso mais dia menos dia teremos mais um leitor cá em casa.
 
Este amor aos livros custa-me caro, porque é muito caro ler em Portugal; não há uma politica de incentivo à leitura, há um plano nacional de leitura mas para o cumprir é necessário gastar.
 
Eu sei que podemos sempre ir a bibliotecas, fazer trocas... mas na minha casa o amor aos livros é maior que tudo por isso os livros são nosso, não se rasgam, não se dobram , não se riscam, são tratados como tesouro maior da sabedoria. São neles que muitas vezes viajamos, rimos, imaginamos, muitas vezes choro, os meus filhos vivem aventuras sem fim. No final de cada livro ficamos com um bocadinho que ajudará a contruir-nos e se tivermos duvidas voltamos a ler e reler todas as páginas.
 
Uma promessa feita foi a de que mal saia o Euromilhões vamos comprar uma livraria para podermos ler tudo...mas mesmo tudo até ao fim.
 
Quando estava a ensaiar as primeiras leituras na escola primária, o conselho da minha professora era sempre para ler, ler tudo nem que sejam os rótulos dos detergentes.
 
É das frases que mais recordo da minha infância.
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 

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