segunda-feira, 4 de julho de 2016


 
Ai chega, chega
chega, chega
a minha agulha...
 
 
Em 2016 assumi o compromisso de arrancar de vez com um blog, porque me fazia falta a escrita. A ideia arrancou mas, o tempo foi sendo cada vez mais escasso, mas há outros projectos em que me  fui envolvendo e estão lançados.
 
Um deles era sem dúvida, aprender a costurar, essa arte antiga ( quase milenar na cabeça de alguns com quem falei) de nos sentarmos e criarmos com as nossas mãos adereços ou até mesmo roupa para nós ou para outros dependendo do uso que se lhe quer dar.
Pois eu inscrevi-me em Janeiro e posso afirmar orgulhosa que fiz em casa, sem ajuda de nenhum profissional uns calções todos catitas para o meu filho mais novo. Não sei quem ficou mais orgulhoso se ele, que viu o empenho da mãe no projecto, se eu, porque consegui alcançar um objectivo que há muito ansiava. Um dos objectivos de 2016 está cumprido!
 
E é assim que o tempo se vai levando, passaram 6 meses desde o inicio dessa aventura, primeiro a máquina ganhava vida, juro, carregava no pedal e aquilo começava desgovernado a coser por lá fora, a geometria ganhou um outro sentido para mim. Aquilo que deveria ser em linha recta não era tanto assim e quando era em circulo, podia sair oval... hoje tudo tem outro sentido, e nada me tira o rigor do pedal.
 
Em cada peça o orgulho que cresce, e mais um passo em frente...
 
 

quinta-feira, 11 de fevereiro de 2016

portada patio



ONDE PREFEREM BRINCAR???
 
Visitem o site http://www.tierraenlasmanos.com/ não se vão arrepender.

quarta-feira, 10 de fevereiro de 2016

 
 
Eu fui à escola da Ponte...
 
aqui falei da escola da Ponte, é uma excepção no panoramo nacional e que muitas, mas mesmo muitas crianças poderiam beneficiar de um modelo de ensino assim.
 
Mas nada como ver para crer, assim juntamente com duas amigas marcamos visita à escola. Foi nos dito que visitas só de manhã e QUE eram realizadas por crianças da escola. Até aqui nada de novo,porque já tinha lido sobre isso e sabia exactamente que seria assim.
 
Depois de nos perdemos no caminho lá chegamos com algum atraso, a escola é igual a uma outra escola qualquer , fiquei admirada por ser tão grande mas depois no decorrer da visita entendi o porquê.
 
Entretanto fomos simpaticamente recebidas por um professor que gentilmente nos informou que os alunos que nos fariam a visita estavam a descer para virem ter connosco. Foi-nos também dito que era um dia atipico na escola porque era Carnaval e os alunos estariam a desenvolver essas actividades nas salas quando as visitassemos.
 
No hall da escola foi-nos explicado a orgânica das aulas, avaliações e como era baseada a dicotomia entre alunos e tutores nas várias areas de estudo.
Adorei saber que um aluno pode solicitar a realização de uma experiência que ele julgue pertinente e sobre o qual tenha curiosidade, no ensino tradicional as experiências estão circunscritas ás disciplinas próprias e nunca sobre o pedido de um aluno mas sim sobre a matérias leccionada naquela altura.
 
A segunda parte da visita desenrola-se pelos corredores e salas  da escola. Uma escola com excelentes instalações, com corredores e salas com livros à disposição, o que a mim me parece lógico.Que outro lugar deve oferecer e disponibilizar livros para a leitura que não a escola?
 
Começando pelo inicio visitamos o pré escolar, uma sala ampla, igualzinha a tantas outras e onde senti que o texto de Ruben Alves que li não se enquadra, porquê? Porque em nada se distanciou da ideia que eu tenho de uma sala cheia de meninos e meninas que ocupam o tempo em actividades  que não os fazem ir além.
Talvez esta minha ideia advenha do facto de ser Carnaval e a sala estar a preparar a festa, mas na verdade há primeira vista em nada se distancia de uma sala "normal", e como foi a primeira sala que visitamos estava expectante em relação a este projecto.
 
Visitamos uma sala em que os meninos aprendiam a ler e caso já cheguem à escola da Ponte a saber ler passam para o nivel seguinte não tendo de permanencer naquela sala. Isto para mim é uma vantagem enorme, uma vez que o meu filho mais velho já sabia ler fluentemente quando ingressou na primária, e um dos meus maiores receios era que perdesse a motivação, o que não aconteceu pelo empenho que a professora da altura teve.
 
A partir daqui a visita desenrola-se pelas salas e aí sim pode-se ver o projecto do Prof. José Pacheco no seu melhor. Salas com prateleiras de livros á disposição, vários alunos de idades diferentes a trabalharem entre si, na altura e por ser Carnaval, lembro-me de três meninas que esticavam o cabelo á vez entre si, outros a preparar os fatos e máscaras.Denota-se uma escola diferente mais aberta e cumplice.
 
Voltando ao inicio deste texto, a escola da Ponte não é grande porque não abarca todas as infraestruturas da escola de S. Tomé de Negrelos, abarca apenas um ou dois pavilhões, dividindo com a escola " normal" as infraestruturas da cantina e pavilhão desportivo.
 
A visita decorreu muito bem, com os nossos guias sempre a explicar o que ia acontecendo, um deles frequentava a ponte desde sempre o outro vinha do ensino regular e ingressou na ponte este ano.
O aluno que sempre esteve na ponte destacava-se pelo discurso fluído e sem nervos, nota-se que é um aluno habituado a falar a apresentar os seus pontos de vista.
 
Aí uma de nós pergunta o mais importante: Se eles gostavam de lá andar.
Os dois foram unânimes, gostavam muito. A particulariedade destes alunos era que um estava na Ponte desde sempre, o outro estava numa escola regular e este ano tinha ingressado na Ponte. O primeiro disse não ter termo de comparação porque nunca tinha conhecido outra escola (nem se imaginava lá); o segundo foi esclarecedor, e o que disse foi sem dúvida o resumo do que ali se passa: eu goso mais desta escola, aqui gostamos de aprender e até parece que aprender não custa nada , as coisas ficam mais na cabeça. Há melhor descrição do que esta para uma escola de todos?
 
 


domingo, 7 de fevereiro de 2016


 
11 anos de Orgulho
 
O  meu filho mais velho faz 11 anos, este ano especialmente dou por mim a pensar que  tenho um filho com 11 anos, não é tanto a ideia de que ele fará 11 anos,  mas sim como é possivel que eu já tenha um filho com 11 anos!!!!
 
Uma coisa é termos uma criança em casa, outra é começarmo-nos a perceber que estamos a entrar noutra fase da vida ( nossa e dele) em que o menino agora começará a trilhar o caminho pelos seus próprios pés, connosco a ajudá-lo é certo, mas vai agora iniciar-se a verdadeira jornada da sua vida.
 
Na verdade eu, que na minha cabeça ainda entendo que sou a filhinha dos papás, tenho a meu cargo a terrivel tarefa de apoiar a jornada de um jovem agora com 11 , e que ainda há bem pouco tempo cabia no meu colo.
 
O meu menino está um homem, já do meu tamanho e calça o 42, como é possivel?
 
E nesse dia especial para ele, mas também para mim não tenho palavras, conselhos ou frases feitas para dizer, mas tenho um coração a rebentar de orgulho pelo jovem em que se tornou.
 
 
 
 

quarta-feira, 27 de janeiro de 2016

 
Primeira resolução de 2016
 
 
Vamos falar de resoluções para 2016, o ano ainda agora começou mas para que tudo se cumpra há que começar cedo a trabalhar.
 
Na minha lista deste ano, e como sempre, há objectivos tão pessoais que apenas eu os conheço e servem para me auto desafiar e há objectivos que quero cumprir pelo prazer que me darão e que posso, sem qualquer ponta de pecado, partilhar aqui.
 
Então aqui vai... um dos meus objectivos deste ano seria  aprender a costurar. A minha paixão por trabalhos manuais já vem desde cedo, os bordados são a minha loucura, mas faltava esta parte de criar um projecto de raiz.
 
 Ter a ideia, criar a maquete, escolher cores e tecidos e finalmente ver nascer a obra final.
 
A costura faz parte das minhas memórias de infância, a ama onde eu passava o dia, era também costureira e por isso entre brincadeiras e mimos, o som da máquina de costura era muito familiar, lembro-me de numa mesa grande de cozinha serem feitos moldes em papel que depois ela cortava em tecido e fazia as roupas para as clientes. Não me é de todo um mundo estranho, mas saber costurar, nunca soube e tinha pena , muita pena, porque nisto dos trabalhos manuais a costura é meio caminho andado para o projecto.
 
Assim logo no inicio de Janeiro, ligaram-me da empresa Colinex http://colinex.pt/ sobre a possibilidade de frequentar um curso de costura criativa, apesar de não saber costurar o curso teria aulas iniciais de costura o que é optimo para quem como eu precisa de começar pelo inicio.
 
E por isso, lá estou eu a aprender a costurar devagarinho e entercalando com outra partes da costura criativa que me tem dado tanto, mas tanto gozo.
 
Uma das aulas foi dedicada ás flores de Fuxico e que fáceis são de fazer e com mil e umas aplicações.
 
Provávelmente o ramos dos padrinhos este ano pela Páscoa será dentro desta ideia, giro não é?
 
Resultado de imagem para flores de fuxico
imagem retirada da net
 
 
A seu tempo darei mais noticias acerca deste objectivo já a ser cumprido e vocês também já iniciaram os objectivos de 2016?
 
 
 
 
 

terça-feira, 19 de janeiro de 2016

 
 
Novamente os rankings escolares...
 
Ás vezes sinto-me só nos meus discursos sobre o estado da educação, e não, não trabalho nesse sector mas tenho uma grande paixão pelo tema. Morro sempre um bocadinho quando me apercebo como tudo está diferente e para muito pior...
 
Não é aquela ideia de que " no meu tempo não era nada disto..." até porque ainda sou muito nova para ter esse tipo de análise, mas é dificil para mim ver que a Educação já não vem da paixão, vem acoplada a outros vectores que não tornam as nossas crianças mais felizes...
 
Hoje ao ler o texto do pediatra Mário Cordeiro, revejo-me em cada linha e ele ainda acrescenta a situação dos auxiliares. Os que cuidam desde manhã cedo, que guardam os objectos que se perderam, com quem os nossos filhos acabam por falar muito mais do que com os próprios professores sobre as trivialidades da sua vida, aqueles que me recebem sempre com um sorriso para logo me dizerem " É a mãe do..., não é?" fazem parte realmente do nosso mundo.
 
Leiam o texto abaixo...



A farsa (e a afronta) dos rankings escolares
 
Os rankings escolares não querem dizer nada de nada. Desculpem ser tão frontal, mas não o afirmo enquanto pai ou mero cidadão. Afirmo-o como profissional.
 
Os rankings escolares não querem dizer nada de nada. Desculpem ser tão frontal, mas não o afirmo enquanto pai ou mero cidadão. Afirmo-o como profissional, encarregado de ensinar, aos meus alunos, como se devem ler os dados estatísticos ou, antes disso, como recolhê- -los, agrupá-los e compará-los. E se há coisa que na ciência é lei (e é ética), é nunca comparar o incomparável, para lá das questões relativas aos vieses de amostragens, indicadores, definição de caso, etc.
Mas não quero estar aqui a maçar ninguém com uma aula de Epidemiologia. Vamos aos factos. Os malfadados rankings limitam-se a referir quais as escolas de que mais alunos entraram na universidade. Mesmo que este critério valesse estatisticamente, extrair conclusões era errado porque podiam os alunos de uma determinada escola, por exemplo, ter entrado em faculdades em que se entra com médias baixas, e outra ter tido menos alunos na faculdade mas os alunos desejarem cursos que obrigam a notas elevadas. Numa versão mais “pós-modernista”, os rankings “apoderaram-se” das notas dos exames do 4.o, do 6.o e do 9.o anos, e, mesmo sendo exames nacionais, reflectem apenas algumas disciplinas (Português e Matemática, essencialmente), que podem ser ensinadas de modo diferente, que são uma fracção do total e portanto nada quer dizer sobre o resto da escola e das competências do aluno.
Todavia, muito pior que este erro é considerar-se à partida que o objectivo do sistema de ensino/aprendizagem é “entrar na faculdade” ou “ter boas notas”. É muito pobre. Demasiado pobre. Porque se, por absurdo, fosse apenas isso que se deseja, não seriam necessárias escolas – cada um estudaria em casa, isoladamente, ao seu ritmo e faria um exame final. Para quê então o ensino obrigatório? Será curioso, aliás, numa análise mais criteriosa, olhar para os dados “sociais!” que só surgem para as públicas e em que as assimetrias são mais que evidentes.
Por outro lado, compara-se o incomparável: é o mesmo que dizer que Lisboa é melhor que São Mamede da Infesta porque tem mais gente, ou que o Porto é melhor que Bragança porque tem um rio. Não tem pés nem cabeça. As escolas não são melhores por terem alunos com melhores médias (até porque são juízes em causa própria, dado que forjam – é inútil negar, todos o sabemos – parte dessas médias através do método de classificação)... ou forçam, algumas delas, os alunos a trabalhar como cavalos de corrida, esquecendo a vertente de formação humana, as actividades lúdicas e o descanso e vida em família. Aliás, é curioso ver algumas escolas que defendem ideais “religiosos” e apregoam o valor da família não se importarem nada com sacrificar os escassos momentos em que a família poderia estar junta para minar a relação pais/filhos com os malditos TPC em dose cavalar.
São melhores as escolas que permitem um ensino variado e inclusivo, em que os alunos progridem, se motivam e gostam de estar. Não esqueçamos: a realidade social do país é muito desequilibrada, plena de assimetrias e de desigualdades, nomeadamente quanto ao apoio que os alunos têm em casa, em livros e outros meios, em explicadores, acesso à internet ou materiais pedagógicos, pelo que será melhor, em termos de pessoa, cidadão e futuro profissional, um aluno que consegue transcender-se, estudar sem grandes apoios e fazer das tripas coração que um que tem explicações de tudo, a quem nada falta e é levado ao colo toda a vida escolar.
Finalmente, os rankings são muitas vezes publicidade enganosa para algumas escolas privadas manterem elevados níveis de propinas, sobretudo numa altura em que as crianças desertam das privadas para as públicas, ou para começarem (continuarem) a formar futuros dirigentes, administradores e decisores que pertencerão a determinados lóbis e classes de poder – do poder “semi-invisível”, dado que a maioria dos dirigentes que são mesmo competentes, como demonstrou um estudo da Universidade do Porto, frequentou maioritariamente escolas públicas! Ramalho Eanes, Mário Soares, Jorge Sampaio, Cavaco Silva, António Guterres, Marcelo Rebelo de Sousa, Maria de Belém, Passos Coelho, António Costa, Francisco Louçã, Catarina Martins, Jerónimo de Sousa… que eu saiba, pelo menos todos estes frequentaram a escola pública.
Ao escrever este comentário, estou perfeitamente à vontade dado que os meus filhos frequentam uma escola que ficou no top das públicas. Mas por isso mesmo é que, conhecendo a realidade e a maneira como estas listas são elaboradas, não tenho qualquer problema em denunciar os rankings.
Senhor ministro da Educação, acabe com esta mistificação. Será uma das provas de que encara o sistema de ensino/aprendizagem de uma forma inovadora, e científica e socialmente decente.
PS: O problema dos auxiliares... ou da falta deles
Ainda à consideração do senhor ministro e das autarquias responsáveis pelas EB1: os auxiliares de educação não têm força sindical, não têm tempo de antena em prime-time e ganham resvés o ordenado mínimo. Contudo, são peças fundamentais da escola, designadamente na orientação e apoio aos pais e às crianças, na supervisão dos recreios, na prevenção da violência e do bullying, no apoio aos alunos que se sentem mais tímidos, que acompanham nas idas aos refeitórios ou à casa de banho. São de uma dedicação extrema. Passados os dois primeiros dias conhecem as crianças pelo nome próprio e sabem quem são os pais e quem está autorizado a ir buscar os alunos.
Infelizmente são muito poucos. Nem é preciso dizer mais. As consequências são muitas, no sentido negativo. Há que olhar mais atentamente para esta realidade que não faz manchetes no telejornal das oito e dotar as escolas de um número decente destes preciosos agentes educativos.
Pediatra ~Mário Cordeiro
 
 

quinta-feira, 31 de dezembro de 2015

 
Fechar o capitulo
 
Hoje é o ultimo dia do ano de 2015. Um ano dificil para mim a vários niveis, mas que fui superando e aqui estou pronta para o novo ano seja ele ou não igual ao anterior.
 
Esta noite os corações enchem-se de esperança, voltamos a acreditar que tudo será diferente para melhor. À medida que as doze badaladas tocam, acreditamos em cada desejo com a força de um coração cheio...
 
No próximo ano mais do que desejar, deveriamos concretizar. Em vez de pedir desejos, vamos realizar os nossos sonhos, acreditar que é possivel e com mais ou menos esforço.
 
Por norma escrevo num papelinho que guardo na minha carteira os 5 objectivos do próximo ano, e ao fim de cada ano com base nesse papelinho já gasto e amarrotado que faço o balanço daquilo que passou.
 
Hoje é o dia em que fecho mais um capítulo chamado 2015, guardo bem juntinho aos que já cá tenho e começo a escrever um novo... e que maravilhoso que é a sensação de novidade e frescura de um novo ano...
 
Feliz 2016!
 
 
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