quinta-feira, 11 de fevereiro de 2016
quarta-feira, 10 de fevereiro de 2016
Eu fui à escola da Ponte...
Já aqui falei da escola da Ponte, é uma excepção no panoramo nacional e que muitas, mas mesmo muitas crianças poderiam beneficiar de um modelo de ensino assim.
Mas nada como ver para crer, assim juntamente com duas amigas marcamos visita à escola. Foi nos dito que visitas só de manhã e QUE eram realizadas por crianças da escola. Até aqui nada de novo,porque já tinha lido sobre isso e sabia exactamente que seria assim.
Depois de nos perdemos no caminho lá chegamos com algum atraso, a escola é igual a uma outra escola qualquer , fiquei admirada por ser tão grande mas depois no decorrer da visita entendi o porquê.
Entretanto fomos simpaticamente recebidas por um professor que gentilmente nos informou que os alunos que nos fariam a visita estavam a descer para virem ter connosco. Foi-nos também dito que era um dia atipico na escola porque era Carnaval e os alunos estariam a desenvolver essas actividades nas salas quando as visitassemos.
No hall da escola foi-nos explicado a orgânica das aulas, avaliações e como era baseada a dicotomia entre alunos e tutores nas várias areas de estudo.
Adorei saber que um aluno pode solicitar a realização de uma experiência que ele julgue pertinente e sobre o qual tenha curiosidade, no ensino tradicional as experiências estão circunscritas ás disciplinas próprias e nunca sobre o pedido de um aluno mas sim sobre a matérias leccionada naquela altura.
A segunda parte da visita desenrola-se pelos corredores e salas da escola. Uma escola com excelentes instalações, com corredores e salas com livros à disposição, o que a mim me parece lógico.Que outro lugar deve oferecer e disponibilizar livros para a leitura que não a escola?
Começando pelo inicio visitamos o pré escolar, uma sala ampla, igualzinha a tantas outras e onde senti que o texto de Ruben Alves que li não se enquadra, porquê? Porque em nada se distanciou da ideia que eu tenho de uma sala cheia de meninos e meninas que ocupam o tempo em actividades que não os fazem ir além.
Talvez esta minha ideia advenha do facto de ser Carnaval e a sala estar a preparar a festa, mas na verdade há primeira vista em nada se distancia de uma sala "normal", e como foi a primeira sala que visitamos estava expectante em relação a este projecto.
Visitamos uma sala em que os meninos aprendiam a ler e caso já cheguem à escola da Ponte a saber ler passam para o nivel seguinte não tendo de permanencer naquela sala. Isto para mim é uma vantagem enorme, uma vez que o meu filho mais velho já sabia ler fluentemente quando ingressou na primária, e um dos meus maiores receios era que perdesse a motivação, o que não aconteceu pelo empenho que a professora da altura teve.
A partir daqui a visita desenrola-se pelas salas e aí sim pode-se ver o projecto do Prof. José Pacheco no seu melhor. Salas com prateleiras de livros á disposição, vários alunos de idades diferentes a trabalharem entre si, na altura e por ser Carnaval, lembro-me de três meninas que esticavam o cabelo á vez entre si, outros a preparar os fatos e máscaras.Denota-se uma escola diferente mais aberta e cumplice.
Voltando ao inicio deste texto, a escola da Ponte não é grande porque não abarca todas as infraestruturas da escola de S. Tomé de Negrelos, abarca apenas um ou dois pavilhões, dividindo com a escola " normal" as infraestruturas da cantina e pavilhão desportivo.
A visita decorreu muito bem, com os nossos guias sempre a explicar o que ia acontecendo, um deles frequentava a ponte desde sempre o outro vinha do ensino regular e ingressou na ponte este ano.
O aluno que sempre esteve na ponte destacava-se pelo discurso fluído e sem nervos, nota-se que é um aluno habituado a falar a apresentar os seus pontos de vista.
Aí uma de nós pergunta o mais importante: Se eles gostavam de lá andar.
Os dois foram unânimes, gostavam muito. A particulariedade destes alunos era que um estava na Ponte desde sempre, o outro estava numa escola regular e este ano tinha ingressado na Ponte. O primeiro disse não ter termo de comparação porque nunca tinha conhecido outra escola (nem se imaginava lá); o segundo foi esclarecedor, e o que disse foi sem dúvida o resumo do que ali se passa: eu goso mais desta escola, aqui gostamos de aprender e até parece que aprender não custa nada , as coisas ficam mais na cabeça. Há melhor descrição do que esta para uma escola de todos?
domingo, 7 de fevereiro de 2016
11 anos de Orgulho
O meu filho mais velho faz 11 anos, este ano especialmente dou por mim a pensar que tenho um filho com 11 anos, não é tanto a ideia de que ele fará 11 anos, mas sim como é possivel que eu já tenha um filho com 11 anos!!!!
Uma coisa é termos uma criança em casa, outra é começarmo-nos a perceber que estamos a entrar noutra fase da vida ( nossa e dele) em que o menino agora começará a trilhar o caminho pelos seus próprios pés, connosco a ajudá-lo é certo, mas vai agora iniciar-se a verdadeira jornada da sua vida.
Na verdade eu, que na minha cabeça ainda entendo que sou a filhinha dos papás, tenho a meu cargo a terrivel tarefa de apoiar a jornada de um jovem agora com 11 , e que ainda há bem pouco tempo cabia no meu colo.
O meu menino está um homem, já do meu tamanho e calça o 42, como é possivel?
E nesse dia especial para ele, mas também para mim não tenho palavras, conselhos ou frases feitas para dizer, mas tenho um coração a rebentar de orgulho pelo jovem em que se tornou.
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